Novas forças têm remodelado a economia e sociedade globais, e novos desafios pedem novas formas de liderança. É o que acredita John Hagel, expert em futuro do trabalho, que aposta na “paixão do explorador” como fundadora de um novo modelo de liderança que transformará o mundo.
O pensador crê na transição de uma liderança especialista, o nosso modelo atual, para uma liderança exploradora. Em nossa 2ª edição da revista Asterisco, perguntamos qual seria a diferença exata sobre os modelos de gestão:
“Especialista é o modelo de liderança atual, que tem um líder forte, alguém com as credenciais, os diplomas, a experiência certa. Sabe tudo o que precisa ser feito.”.
“Do outro lado, o explorador mostra um estilo muito diferente de liderança. Este é movido por uma forma específica de paixão, que chamo de paixão do explorador. Está constantemente querendo causar mais impacto em quaisquer áreas que sejam importantes. Fica entusiasmado com os desafios e está sempre pedindo a colaboração de outras pessoas”.
Enquanto que a gestão especialista supostamente teria uma resposta para todas as perguntas, não importa qual seja a questão, a gestão exploradora entende melhor os desafios de um mundo com transformações cada vez mais rápidas.
A pessoa no comando admite abertamente que não tem todas as respostas, faz perguntas inspiradoras e busca ajuda para encontrá-las.
Explorar e aprender
E ele entende que explorar está de mãos dadas com a aprendizagem. Em um mundo que sempre muda, fazer as coisas de forma mais rápida e barata em escala não será mais suficiente. Será necessário um modelo institucional que torne a aprendizagem escalável.
“A forma de aprendizagem mais valiosa e necessária consiste em criar conhecimento inteiramente novo à medida que você enfrenta situações
nunca vividas antes. Num modelo de aprendizagem escalável, há a noção de que precisamos incentivar todos na organização a aprender juntos mais rapidamente”.
Como cultivar novas formas de liderança?