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15 de May

Como a Poshmark criou uma comunidade dentro de um negócio varejista?

escrito por:

teya ecossistema

"Qual é a coisa principal que a comunidade está fazendo?" 

 

De acordo com a mesa apresentada pelo CEO da Poshmark, Manish Chandra, na mesa The New Business Imperative: Building Community, no SXSW 2023, por mais diversa que sua comunidade seja, essas pessoas se reúnem por algum propósito em comum. E existe um elo que aparece quando a pergunta que inicia esse texto pode ser respondida.  

 

Chandra defende que a conexão criada nas comunidades é o futuro do comércio e como as marcas precisam criar experiências e produtos que ofereçam conexão humana. Atualmente, a Poshmark, plataforma online de venda de produtos online, possui uma comunidade de mais de 100 milhões de pessoas.  

 

Mas, pra colocar isso em prática você precisa conhecer o seu público e saber onde ele está. E, no caso da Poshmark, houve o exemplo online e offline. Chandra citou a importância de levar ações de marketing para pequenas cidades, mesmo que o público não seja astronômico, pois a ideia de comunidade abrange o engajamento orgânico. E pra isso, é preciso também saber o que o seu consumidor quer (para além do produto).  

 

Aprimorar a experiência humana  

 

Com a pulverização das inteligências artificiais no cotidiano, a marca de vendas online se concentrou no uso de IA para ajudar pessoas a criarem comunidades dentro da plataforma, por exemplo, através de estilos parecidos, e pela possibilidade maior de interação entre as pessoas dentro de uma plataforma de vendas.  

 

Outra forma de aprimorar essa experiência da marca foi percebendo que a maioria dos consumidores estavam no Discord e indo pra rede também, criando comunidades para promover interações por lá.  

 

Eventos que reúnam a comunidade 

 

A PoshFest é uma conferência anual de moda e empreendedorismo, que reúne a comunidade para se conectar, aprender e trocar experiências pessoais. O CEO defende que, na realização dessas confraternizações o foco deve ser na conexão entre as pessoas, deixando a promoção da marca e o marketing em segundo lugar, promovendo-o até de maneira mais orgânica.  

Uma estratégia semelhante foi utilizada pela Uber quando iniciou suas operações no Brasil. Em 2016, a marca promoveu um São João exclusivo em Fortaleza, no Ceará, para os usuários mais ativos da plataforma 

 

E, pra quem está começando agora a pensar em comunidades no seu negócio, ele aconselha a focar nas micro comunidades, existentes em todos os lugares. Encontre e conheça as micro comunidades existentes no seu negócio e foque em promover uma conexão autêntica entre os membros à medida que ela for crescendo.  

Outro receio muito comum ao lidar com a interação das pessoas é o discurso da liberdade de expressão atrelado a ações que geram mal-estar dentro das comunidades. É difícil controlar a experiência humana e ao mesmo tempo garantir a liberdade de expressão de cada membro. Para isso, foi criado uma espécie de conselho entre membros e líderes, e foi criada uma "política interna" de comportamento, aprovada por participantes. 

Uma coisa clara nesta mesa é a defesa do esforço investido na organicidade das interações e liberdade para deixar as pessoas se conectarem, criando ambientes propícios para isso on e off.